RESENHA: Memórias de uma Beatnik (16+)

14:06:00

A RESENHA DE HOJE É DO LIVRO  :



Comprei esse livro em uma promoçãozinha <3 E cara, é surpreendente.


O livro retrata a vida de uma jovem moça na época da Boemia. Uma época onde tudo era muito privado para as mulheres. O livro mostra a vida louca de Diane di Prima, moça a qual não concordava em seguir tais padrões de vida. Ele fala muito sobre sexo, até porque naquela época a mulher não tinha opções, era literalmente privada de tudo, de curtir a vida..Essa mulheres as quais não seguiam essas normas, e viviam suas vidas como bem queriam, eram chamadas de "BEATNIK"
Falo assim, mais isso não faz muito tempo.

"...Anos 50,60.. E uma nova era. A da rebeldia. De algumas pessoas que se recusavam viver daquela forma... Mesmos anos dos Cafés, clubes de jazz, poetas, drogas e sexo.
Essa era a Boemia."

Esse é o tipo de livro que você lê, e cada nova pagina fica surpresa(o), são coisas novas para pessoas da nossa geração.

Diane di Prima foi uma das Beatnik's que ficou famosa. Por seus poemas, por sua coragem.
Coragem tal de sair e enfrentar o Mundo. As pessoas, a vida.
E simplismente viver.
A mesma passou imensas dificuldades. Esse era o preço de viver sua própria vida.
Passar necessidades, pedir ajuda, correr, dormir na praça, no banco, na calçada, no sótão, no quartinhos dos fundos. E mesmo assim curtir a vida.
E o sexo?
A vontade de transar com quem quiser. Se é namorado, pode. Se não é, pode também.
Se é mulher, pode. Se é gay, se ele quiser, pode também.
Se forem 3, pode.
Se forem 4, pode.
Se for um menage com 5 mulheres, pode.
Se tiver vontade, Pode.
Afinal, Deve.

O que não pode é passar vontade.
Se não machuca ninguém, pode.

Se você é uma dessas pessoas preconceituosas, nojentas, frescas, e totalmente capitalista.
Não leia esse livro.
Ou leia. E mude seus conceitos.

O mundo deve mudar os conceitos.


"A verdade é que Diane Di Prima, como uma digna herdeira de avô italiano e anarquista, tentou viver intensamente, e sem filtros, tudo o que cabia a uma mulher de sua geração. Defendeu o sexo livre, protestou contra o Vietnã, lutou pelas liberdades civis, foi viver na Califórnia, frequentou a cadeia por publicar obras consideradas obscenas, experimentou todas as drogas, virou hippie, tornou-se budista, defendeu o aborto, casou e se divorciou duas vezes, teve cinco filhos, deu aulas e palestras. Ao longo de todo esse percurso, porém, ela jamais deixou de escrever poemas absolutamente excepcionais. Artesã minuciosa e sofisticada da forma e dona de um estilo peculiar, Diane Di Prima, ao contrário do que se poderia pensar, não foi uma poeta que se tenha deixado atrapalhar pela tentação fácil da poesia de “mensagem”. Embora sua obra poética tenha claramente uma voz feminina (e não necessariamente feminista), sendo por vezes (mas nem sempre) explicitamente política e militante, ela é muito, mas muito mais, do que cada uma dessas coisas. Aliás, os poemas aqui traduzidos — Montezuma e, principalmente, Brief Wyoming Meditation — mostram que é possível escrever verdadeiros manifestos políticos emoldurados em poemas de grande beleza."


Trecho de: 
http://rascunho.gazetadopovo.com.br/diane-di-prima-2/

Esse aqui, é meu poema favorito dela <3

RÉQUIEM
eu acredito
que você não vai
achar o caixão
assim tão bom
Baby-O.
Eles te amarraram
tão apertado
eu ouço
aí é frio
e os vermes e as outras coisas
estão aí por motivos próprios
eu acredito
que você vai querer
virar de lado
seu cabelo
não deverá
ficar onde está
para sempre
e as suas mãos
não vão querer
ficar cruzadas
assim
eu acredito
que seus lábios
não gostarão disso
por eles mesmos
Vão lá, pesquisem, leiam, se informem, descubram, e mudem.

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